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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

ALA DAS BAIANAS - Um pouco de história

BAIANAS DO SALGUEIRO





ALA DAS BAIANAS - Um pouco de história


Todo mundo se emociona e rende homenagens à Ala da Baianas de uma escola de samba. O que poucos sabem é como essa parte fundamental dos desfiles carnvalescos surgiu e sua importância histórica.  
 A ala de baianas é considerada como uma das mais importantes de uma escola de samba. Composta, preferencialmente, por senhoras vestidas com roupas que remetem às antigas tias baianas dos primeiros grupos de samba do início do século XX, no Rio de Janeiro.
 Foi introduzida no desfile ainda nos anos 1930 como uma forma de homenagem às "tias" do samba, que abrigavam sambistas em suas casas, na época em que o ritmo era marginalizado. É uma ala obrigatória em todos os desfiles de escolas de samba, mesmo não sendo quesito oficial em nenhum deles. As fantasias das baianas contam pontos para o Quesito Fantasia o modo como desfilam conta pontos para o Quesito Evolução, porém toda escola deve se apresentar com um número mínimo de baianas. Nos anos 1940 a 50, era comum que homens desfilassem vestidos de baianas, prática que passou a ser proibida no Rio de Janeiro nos anos 1990, mas foi liberada pela Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (AESCRJ), nos grupos de acesso, a partir do ano de 2006.
 A roupa clássica das baianas compõe-se de torso, bata, pano da costa e saia rodada. 
 No carnaval 2010, chegou a ser aprovado em plenária da AESCRJ que a ala das baianas viraria quesito para as escolas de samba dos grupos de acesso, pertencentes àquela liga, no entanto a ideia foi desfeita posteriormente. 

  ***O que é o Pano da Costa? ***
O PANO-DA-COSTA é de uso exclusivo da mulher nos cultos africanos, porque uma das principais funções do mesmo é proteger os órgãos reprodutores das mulheres, das Yamis.
Listrado, liso, estampado ou bordado em richelieu ou renda, é por meio dele que a mulher demonstra sua posição hierárquica na organização sócio-religiosa dos terreiros.
Em Salvador/BA, mais precisamente no Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, a tecelagem tradicional do pano-da-costa está ligada ao uso e ao simbolismo sócio-religioso do tecido na composição das roupas rituais do candomblé.